“Libertadores sem times brasileiros seria como ‘Tarzan sem Chita’, afirma presidente da Conmebol”

Declaração polêmica de Domínguez gera reação

Após o sorteio da fase de grupos da Libertadores, realizado ontem no Paraguai, o presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, fez uma declaração que gerou polêmica. Questionado sobre como seria a competição sem os clubes do Brasil, ele usou uma analogia envolvendo um macaco: “Seria como Tarzan sem Chita”.

A fala surgiu após Leila Pereira, presidente do Palmeiras, sugerir que os times brasileiros deixassem as competições da Conmebol. Isso ocorreu, sem dúvida, porque a entidade aplicou uma punição considerada branda ao Cerro Porteño, após um caso de racismo contra o jogador Luighi, na Libertadores sub-20.

Quem é Chita? A analogia que causou desconforto

Chita, personagem icônica da série Tarzan, era uma fêmea de macaco que acompanhava o protagonista e sua companheira, Jane. A comparação de Domínguez gerou desconforto, levando-o a se desculpar publicamente. Em nota, ele afirmou: “Quero expressar minhas desculpas. A expressão que utilizei é popular e jamais tive a intenção de menosprezar ou desqualificar ninguém. A Libertadores é impensável sem a participação de clubes dos 10 países membros”.

Ele ainda reforçou seu compromisso com o respeito e a inclusão no futebol, destacando que esses valores são fundamentais para a Conmebol. “Sempre promovi o respeito e a inclusão no futebol e na sociedade. Reafirmo meu compromisso de seguir trabalhando por um futebol mais justo, unido e livre de discriminação”, disse.

Conmebol admite insuficiência nas punições

Antes do sorteio, porém, Domínguez já havia admitido que as sanções aplicadas pela entidade não têm sido suficientes para coibir o racismo no futebol sul-americano. Ele citou o caso recente envolvendo o Palmeiras e o Cerro Porteño, ocorrido no dia 6 de março.

“A Conmebol é sensível a essa realidade. Como pode não ser à dor do Luighi? Nosso desafio é sermos justos com os responsáveis por esses atos. Aplicamos sanções e fazemos tudo ao nosso alcance para mudar essa realidade. Mas isso não é suficiente. O racismo é um flagelo que não tem origem no futebol, mas na sociedade, e afeta o futebol”, declarou.

No caso do Cerro Porteño, a Conmebol puniu o clube com portões fechados na Libertadores sub-20 e uma multa de 50 mil dólares (cerca de R$ 288 mil). O Palmeiras, no entanto, considerou as punições extremamente brandas.

A declaração de Domínguez e a reação dos torcedores brasileiros mostram, de fato, que o debate sobre racismo e punições no futebol continua em pauta, com a necessidade de ações mais efetivas para combater o problema.

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